Índios Kiriri de Banzaê recebem da FATRES máquinas de desfibrar sisal
Postado em: 12 de Abril de 2012
Fonte: calilanoticias
Os
índios Kiriri, Reinaldo Mendes de Jesus, 36 anos, conhecido por Ná,
tesoureiro da Associação Comunitária Kiriri Santo André de Marcação e
Fabiana Jesus Santiago, 21 anos, “Fabinha”, estiveram na cidade de
Valente, Território do Sisal, onde adquiriram para a entidade uma
máquina de desfibrar sisal conhecida por “máquina Faustino”, inventada
pelo paraibano José Faustino Santos.
A máquina tem como principal diferença em relação a tradicional paraibana, o fato de evitar totalmente o risco de mutilação, além da nova forma de processamento da folha que evita esforços físicos por parte dos produtores. No caso dos índios Kiriri, eles não têm a cultura de trabalhar o sisal para vender em quantidade e o plantio nas áreas da tribo é de forma natural e são usados como separação de roças.
Como
o artesanato é uma das principais fontes de renda da comunidade, eles
foram treinados a usarem o sisal, pois todo material eram produzidos com
palha do ouricuri e atrasava bastante o serviço, pelo tamanho e
espessura, falou Fabinha. Ele disse ao CN que a idéia de se trabalhar
com sisal surgiu da indicação do presidente da FATRES, João Nilton
Pereira Santana, “Pité”.
A máquina encaminhada à comunidade de Santo André de Marcação, que fica a 05 km da sede da cidade de Banzaê, tem como objetivo o desfibramento do sisal, que é a principal etapa da pós colheita e consiste no processo de eliminação da polpa ou mucilagem que envolve a fibra da folha, mediante uma raspagem mecânica.
Os
índios da tribo Kiriri, estimados em três mil, ocupam uma área de
12.320 hectares, ou seja, 28.428 tarefas, localizada no município de
Banzaê e são distribuídos em onze aldeias, sendo as mais tradicionais:
Sacão, Cacimba Seca, Canta-Galo, Lagoa Grande, Baixa da Cangalha,
Marcação e Picos e se destacam com artesanato, principalmente com a
cerâmica, o cipó e agora com a fibra do sisal, onde confeccionam
principalmente as cestas de pão.
Fabinha disse também que a comunidade indígena vem recebendo o apoio do Instituto Mauá, onde comercializam seus produtos e, falando mais sobre o sisal, ele disse que será bastante usado na fabricação das suas roupas típicas e que usam no dia a dia da comunidade, ou seja, as tangas, sutiã, bustiê, etc. Antes de começarem a trabalhar com sisal, uns grupos de índios vieram a Valente, levaram uma quantidade de fibra e observaram que era possível trabalhar com a ela.
A Fundação de Apoio aos Trabalhadores Rurais da Região do Sisal – FATRES foi criada para desenvolver e criar programas de assistência técnica aos cooperados, as entidades sindicais e empresas privadas, conforme comprovado por observações feitas durante pesquisa de campo.
Banzaê em
2008 tinha uma população estimada 11.166 habitantes, situa-se no
nordeste da Bahia, compondo a região de Planejamento do Nordeste e a
Região Administrativa de Cipó, como também a micro região homogênea de
Ribeira do Pombal, possuindo uma área de 221 km².
Limitando-se com os municípios de Cícero Dantas ao norte, Ribeira do Pombal a leste, Tucano ao sul e Quijingue a oeste, localiza-se a uma distância de 296 km da capital do estado e a 42 km do município de Ribeira do Pombal.
Cidade ja foi um vilarejo do município de Ribeira do Pombal, emancipado dia 24 de fevereiro de 1989. Foi criado pela Lei Estadual n. 4.485 de 24 de fevereiro de 1989, publicada no Diário Oficial de 25 de fevereiro de 1989. Em 1990, o Governo Federal, através da Presidência da República, reconhece as terras do aldeamento Kiriri como de ocupação tradicional e permanente indígena, sendo a demarcação finalmente homologada através do Decreto nº 98828 de 15 de janeiro de 1990.
Banzaê, palavra de origem indígena.
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Postado em: 12 de Abril de 2012

A máquina tem como principal diferença em relação a tradicional paraibana, o fato de evitar totalmente o risco de mutilação, além da nova forma de processamento da folha que evita esforços físicos por parte dos produtores. No caso dos índios Kiriri, eles não têm a cultura de trabalhar o sisal para vender em quantidade e o plantio nas áreas da tribo é de forma natural e são usados como separação de roças.

A máquina encaminhada à comunidade de Santo André de Marcação, que fica a 05 km da sede da cidade de Banzaê, tem como objetivo o desfibramento do sisal, que é a principal etapa da pós colheita e consiste no processo de eliminação da polpa ou mucilagem que envolve a fibra da folha, mediante uma raspagem mecânica.

Fabinha disse também que a comunidade indígena vem recebendo o apoio do Instituto Mauá, onde comercializam seus produtos e, falando mais sobre o sisal, ele disse que será bastante usado na fabricação das suas roupas típicas e que usam no dia a dia da comunidade, ou seja, as tangas, sutiã, bustiê, etc. Antes de começarem a trabalhar com sisal, uns grupos de índios vieram a Valente, levaram uma quantidade de fibra e observaram que era possível trabalhar com a ela.
A Fundação de Apoio aos Trabalhadores Rurais da Região do Sisal – FATRES foi criada para desenvolver e criar programas de assistência técnica aos cooperados, as entidades sindicais e empresas privadas, conforme comprovado por observações feitas durante pesquisa de campo.

Limitando-se com os municípios de Cícero Dantas ao norte, Ribeira do Pombal a leste, Tucano ao sul e Quijingue a oeste, localiza-se a uma distância de 296 km da capital do estado e a 42 km do município de Ribeira do Pombal.
Cidade ja foi um vilarejo do município de Ribeira do Pombal, emancipado dia 24 de fevereiro de 1989. Foi criado pela Lei Estadual n. 4.485 de 24 de fevereiro de 1989, publicada no Diário Oficial de 25 de fevereiro de 1989. Em 1990, o Governo Federal, através da Presidência da República, reconhece as terras do aldeamento Kiriri como de ocupação tradicional e permanente indígena, sendo a demarcação finalmente homologada através do Decreto nº 98828 de 15 de janeiro de 1990.
Banzaê, palavra de origem indígena.