Sexta-feira, Junho 01, 2012 por tatiane silva
A
cabeça dos criminosos é realmente muito fértil, a cada dia que passa
eles criam novas modalidades de crime ou até mesmo aperfeiçoam as já
existente. Há muito tem se proliferado em nosso país, nas capitais e no
interior, uma variação bem curiosa do crime de roubo, praticado contra
instituições financeiras, que foi batizada no meio policial como ‘golpe
do sapatinho’.
Nesta
modalidade do crime de roubo os criminosos escolhem um alvo dentro da
agência bancária, de preferência um funcionário que esteja ligado
diretamente com a abertura do cofre da agência, gerente ou tesoureiro,
sendo que em seguida os criminosos localizam sua residência ou de um
familiar seu para que possam dar início a execução do crime.
Geralmente
o início da execução do crime ocorre na noite anterior ou mesmo no
amanhecer do dia, onde a quadrilha invade a casa do funcionário do banco
fazendo refém sua família, exigindo que o mesmo vá até a agência em que
trabalha, no horário de sempre, e facilite a entrada do bando para
roubar todo o dinheiro do cofre.
A
situação não é tão simples, pois o funcionário do banco está sob
ameaça, sabe que não deve fazer tal coisa, mas seus familiares estão
correndo risco de morrer nas mãos daquela quadrilha, por outro lado ele
pensa no seu emprego, deve passar por sua cabeça que não irão acreditar
no que aconteceu, podendo, inclusive, ser acusado de ter participado do
crime por vontade própria.
Esta
modalidade criminosa vem crescendo dia a dia, na verdade é que tem sido
pouco noticiada, pois é mais comum fora do eixo Rio/São Paulo, assim
como aconteceu com a famigerada saidinha de banco que nos Estados do
Norte, Nordeste do país, como o Pará, por exemplo, vem acontecendo desde
o início do ano 2000.
Para se ter uma idéia da coisa, na manhã de quinta-feira quatro elementos
que se passaram por clientes e aplicaram o famoso golpe do sapatinho,
na agência do Banco do Brasil em Euclides da Cunha. Segundo informações
de policiais do 5º BPM, enquanto dois elementos distraíram os caixas e o
gerente da agência bancaria, um terceiro homem entrou em uma sala
reservada aos funcionários e num momento de desatenção dos funcionários,
roubaram envelopes que continham depósitos que teriam sido recolhidos
nos terminais de auto-serviço, a informação extra oficial é que os
bandidos levaram em torno de R$ 20 mil. O golpe só foi percebido
depois que os homens já haviam deixado as dependências da instituição
financeira (agência). O golpe do "sapatinho" consiste na distração das
vítimas, enquanto um outro elemento pratica o roubo de maneira
sorrateira, o furto do objeto planejado. Policiais da 25ª Coorpin,
baseados nas gravações das câmeras de segurança, estão desenvolvendo
investigações na tentativa de prender os meliantes e recuperar o
dinheiro furtado.
A
escalada da violência está sem controle, sendo que nossos governantes
não estão dando conta da situação, os números só fazem aumentar (não nas
estatísticas oficiais, pois nessas até reduziram significativamente,
pois camuflam a realidade), a população se sente insegura, não há lugar
que possamos ficar sem nos preocupar, e o pior de tudo é que os
políticos não estão dando a mínima para isso.
Tempos
atrás ser bancário era algo normal, com o passar dos anos passou a ser
algo arriscado e mais recentemente até ser familiar de bancário é um
risco e tanto, pois as quadrilhas chegam com força e colocando o terror
para alcançar seu objetivo.
Os
banqueiros também não têm demonstrado muito interesse em atender as
reivindicações da categoria que se vê abandonada pelo Estado e pelo seu
empregador, como vem se tornando um costume em nosso país.