Suspensão Corporal: Euclidense utiliza a técnica radical e entra para a história (Fotos: Notícia em Foco)

A suspensão corporal é feita por pessoas que acreditam que a dor extrema as leva a um nível espiritual elevado, como uma grande meditação. A prática consiste em perfurar partes do corpo (com o auxílio de agulhas) e introduzir ganchos que transpassam a parte da pele, especificamente a derme, que é responsável pela resistência e elasticidade da mesma. Esses ganchos são presos em cabos de aço, que posteriormente são esticados, suspendendo a pessoa.
Essa prática inusitada é mais comum do que imaginamos e ocorre com maior frequência nas grandes cidades brasileiras e em todo o mundo. Originalmente um ritual de hindus e de índios americanos (utilizados como ritual de passagem), foi retomada na década de 60, nos EUA, por Fakir Musafar, integrante do grupo Modern Primitives, como parte da pesquisa e difusão de intervenções corporais (Vale & Juno, 1989). Atualmente ela é praticada por milhares de pessoas no mundo todo e está intrincada na cultura da modificação corporal ou cultura mod, com piercings, tatuagens, implantes, brandings, etc.

Continuou: “Conversei com pessoas da área pela internet e fui estudando cada vez mais sobre o assunto. Para iniciar eu fiz uma perfuração na região do antebraço e coloquei alguns pesos no gancho há pouco mais de dois meses. Depois disso, continuei me comunicando com profissionais que trabalham com essa atividade e assistir a inúmeros vídeos do grupo paulista de suspensão corporal “Diabos Mutantes”, onde tive minha maior inspiração”, relatou.

Um misto de tensão e atenção tomou conta das seis pessoas que acompanharam todo o processo, atingindo um nível de tranquilidade maior ao perceber que o suspenso, nesse caso Rogge, estava totalmente relaxado.
A possibilidade de falha não foi descartada em momento algum, e, por esse motivo, não foram convidadas muitas pessoas para assistirem a suspensão. Todos os cuidados básicos foram tomados como esterilização do material; os locais de perfuração foram devidamente marcados de acordo com as suas pesquisas; o suporte para a suspensão foi construído pelo próprio, já que é um profissional da área (torneiro mecânico), e possui larga experiência em medidas, soldas, etc; assim como toda a sua preparação espiritual.
“No momento em que comecei a sair do chão, até o último instante, pensei que não fosse suportar. Quando não senti mais os dedos dos pés tocarem o solo, por alguns segundos tive a sensação de que fosse apagar. Depois desse momento relaxei e comecei a não mais sentir dor e curtir o momento. Era um sonho que estava sendo realizado. Muitos retratarão isso como loucura, mas esse era o meu sonho”, disse.

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