vereadores devem abrir investigação contra o prefeito Almirinho


Com a saída do vereador Reginaldo Cavalcante da liderança, nenhum outro edil se prontificou a defender o governo de Almirinho; ao contrário, parece que oposicionistas e situacionistas se uniram em um único bloco com o intuito de fiscalizar e cobrar do prefeito melhorias nos serviços públicos. A unidade formada pelos onze vereadores poderá também acarretar numa investigação do prefeito Almirinho a cerca de várias denúncias de irregularidades, conforme alguns já se manisfestaram em seus discursos.

Enquanto não se resolve o impasse entre Legislativo e Executivo, o prefeito Almirinho vai sofrendo sérios desgastes com as revelações do ex-líder Reginaldo Cavalcante, das acusações da oposição e das críticas dos próprios “aliados”. Somados a tudo isso, nos últimos dias, os ministérios públicos Estadual e Federal e Tribunal de Constas dos Municípios abriram investigações contra o governo de Quijingue para apurar denúncias de irregularidades.

Na terça-feira (18), os governistas continuaram mostrando insatisfação com a administração de Almirinho, a exemplo do ex-líder Reginaldo Cavalcante que, entre outras revelações, declarou que mais de R$ 2 milhões foram jogados para o lixo nesse governo, somente no primeiro ano da gestão (VER). 
A vereadora Ivani Costa também demonstrou sua insatisfação, na terça-feira (18), ao comentar o caso das pinturas das escolas, o qual levou ao MPE e MPF a instaurarem inquéritos civis para investigar o prefeito Almirinho por suspeita de superfaturamento nos valores dos serviços, depois das denúncias da oposição. A vereadora do Povoado de Queimadas disse que se o prefeito for pintar as outras escolas no mesmo ritmo que vem fazendo, “Ele [Almirinho] vai quebrar o município”. Disse ainda que o dinheiro que foi gasto na pintura de uma escola, “dava pra ele [Almirinho] pintar todas as escolas do município”, suspeitou a vereadora.

Evidenciando um certo afastamento do governo, o qual se aliou em janeiro de 2013, Ivani disse que o apoio dela à Almirinho não foi para cobrir os erros do prefeito, nem para pegar propina, mas, queria melhoria para a população.

As “novas” denúncias da oposição levadas àquela casa ficaram por conta de seu líder, Clóvis Cavalcante, que, ao usar da tribuna da câmara, cobrou do prefeito Almirinho responsabilidade quanto à conservação do patrimônio público. Clóvis disse que é preciso tomar providências  urgentes com relação à quadra poliesportiva do Povoado de Maceté, construída recentemente, mas encontrando-se, se deteriorando por conta do abandonado do poder público. “A obra se quer teve inauguração, não foi entregue a comunidade, nem energia existe, não existe ninguém para cuidar. A quadra de Maceté está abandonada”, disse o vereador que é daquela comunidade. “O prefeito fecha os olhos. Não tem prefeito no município de Quijingue”, complementou.

Clóvis também falou da triste situação pela qual passa a saúde pública do município de Quijingue. Utilizando-se a Unidade Básica de Saúde do Povoado de Maceté como referência, disse que, ao invés de evoluirmos e melhorarmos os serviços que já existiam, estávamos era regredindo e retirando os que sempre eram oferecidos. Clóvis estava se referindo aos medicamentos que eram distribuídos gratuitamente, dos exames médicos que eram realizados diretamente nas Unidades de Saúde, das atividades que eram desenvolvidas por um preparador físico habilitado nos postos de saúde com jovens, adultos e idosos. “Muitas pessoas usam remédio de uso continuo, mas não conseguem obter nos postos de saúde”. E mais: “Na Unidade de Saúde de Maceté fazia exame de sangue, urina e fezes, semanalmente. Na Tabua, Lagoa do Mato, Lagoa da Pedra, Casabu, era feito quinzenalmente. Passou o ano de 2013 e até hoje, ninguém consegue fazer alguma exame naquelas unidades de saúde”. "Parece que, em 2013, caiu uma maldição no município de Quijingue", criticou.

Mais cedo, o vereador Reginaldo Cavalcante já tinha declarado que a forma como Almirinho vem administrando os recursos da prefeitura, está provocando a faltar de dinheiro para uma merenda de qualidade, para se investir na educação e saúde. “Não vai ter nada que preste”, disse. A péssima administração de Almirinho também estaria levando a faltar soro e esparadrapo no hospital municipal, mencionou no discurso, o ex-líder.
 
postado por tatiane silva
FONTE FOLHA DA VILA