Guilherme Karan, de 56 anos, sofre do mal de Machado-Joseph, uma doença degenerativa
Guilherme Karan, que fez sucesso em muitas novelas da Rede Globo, como América, o Clone, Hilda Furacão e Meu Bem, Meu Mal, segue internado no Hospital Naval Marcílio Dias, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, desde fevereiro.
Guilherme Karan, que fez sucesso em muitas novelas da Rede Globo, como América, o Clone, Hilda Furacão e Meu Bem, Meu Mal, segue internado no Hospital Naval Marcílio Dias, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, desde fevereiro.
O ator, de 56 anos, sofre do mal de Machado-Joseph, uma doença
degenerativa que afeta o sistema nervoso central. Segundo pessoas
próximas ao ator, o estado de saúde dele é delicado e inspira cuidados.
Deprimido ao se ver cada vez mais frágil, ele aceita receber visitas
apenas de familiares. Em recente entrevista, o pai dele, Alfredo Karan,
disse que o filho prefere se recolher neste momento e não quer que
ninguém o veja como ele está. Como o estágio da doença está avançado,
Karan também já está com fala e coordenação motora comprometidas.
De acordo com o pai de Guilherme, o ator passou por uma gastrotomia e
não se alimenta mais – a cirurgia faz com que o alimento seja levado
diretamente ao estômago. Ele disse ainda que uma irmã de Karan sofre da
mesma doença. Outros quatro irmãos do ator teriam tido o mesmo
diagnóstico, que seria herdado da mãe.
“Na última novela que ele fez ('América', em 2005), já não estava bem,
trabalhava se segurando nos móveis. As pesquisas médicas continuam, mas
ainda não descobriram o antídoto para neutralizar os sintomas. A
prioridade em achar a cura dessa doença não é tão grande quanto para o
Alzheimer ou o Mal de Parkinson, que são mais divulgadas", contou
Alfredo ao Ego em agosto. "Ele assiste sempre aos programas que fez e
fica com os olhos cheios de água. Ele era alto, robusto, cheio de vida,
agora ficou assim", completou.
A doença de Machado-Joseph é conhecida também por ataxia espinocerebelar
do tipo 3. Ela pode afetar até três gerações de uma família e apresenta
até 50% de chances de hereditariedade de pai para filho.
Degenerativa, a doença se manifesta entre os 35 e 50 anos e pode
provocar atrofia no cerebelo, tronco cerebral, medula, nervos
periféricos e o núcleo da base cerebral.